quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

AS RESPOSTAS NÃO ESTÃO NO VENTO

















AS RESPOSTAS NÃO ESTÃO NO VENTO


Qual o som do silêncio?

Qual a cor da morte?

Qual o cheiro da dor?

E “as respostas estão no vento

Na negra noite sem lua

Em choros e perdas

O som absurdo da solidão

Digere o ácido da ausência

Tinge de vermelho os olhos

Degola soluços aprisionados

E a orfandade batendo à porta

Enquanto o mundo perde a forma

E os loucos dançam sem chuva

Baudelaire deposita suas flores

No caixão vazio da louca.

Que grita se esperneia e sofre.

Qual o som do silêncio?

Qual a cor da morte?

Qual o cheiro da dor?

Não há ventos

Só um protótipo feminino

De Gregor Samsa.


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