AS RESPOSTAS NÃO ESTÃO NO VENTO
Qual o som do silêncio?
Qual a cor da morte?
Qual o cheiro da dor?
E “as respostas estão no vento”
Na negra noite sem lua
Em choros e perdas
O som absurdo da solidão
Digere o ácido da ausência
Tinge de vermelho os olhos
Degola soluços aprisionados
E a orfandade batendo à porta
Enquanto o mundo perde a forma
E os loucos dançam sem chuva
Baudelaire deposita suas flores
No caixão vazio da louca.
Que grita se esperneia e sofre.
Qual o som do silêncio?
Qual a cor da morte?
Qual o cheiro da dor?
Não há ventos
Só um protótipo feminino
De Gregor Samsa.
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