sábado, 17 de maio de 2008


QUEM VAI PARAR A CHUVA?


Mesmo que a chuva não pare

Vou dançar está canção: Je T'aime... Moi Non Plus

Ainda acredito no blues

E também não tenho nada a perder

Sei que o blues é mágico

E alguns homens são bons

Também fui tocada por esta fábula

E já fui a primeira felicidade do dia

(A amaldicionada sou eu)

Ingenuamente tentei amarrar o vento

E desejei algo pra esta noite

Colhi em mim a tempestade

Bati minha cabeça nas rochas

Vomitei palavras e sons

Alimentei sonhos, fantasias

Pensando que a canção era pra mim

Não importa

Mesmo que a chuva não pare

Vou dançar esta canção: Je T'aime... Moi Non Plus

Mesmo que não tenha sido feita por mim

Continuo acreditando no blues

E sei que és bom

(Sou eu a amaldiçoada)

Atraí a tempestade

Enfureci os deuses

Me apaixonei por Aquilon

Me acreditando felicidade

Bati nesta porta

Tentei ser bailarina

A garota mais bonita do baile

As luzes não estavam acesas

(Sou uma maldição)

Mesmo que a chuva não pare

Vou dançar esta canção: Je T'aime... Moi Non Plus

Não consigo parar

De tanta mágoa, virei água

Estou chovendo no ar

E mesmo que não pare

Vou dançar está canção: Je T'aime... Moi Non Plus

Desejar está noite

Acender as luzes do céu

Ofender os deuses do Olimpo

Raptar Aquilon pra terra do nunca

Para amá-lo uma única vez

Mesmo que a chuva não pare

Esta canção dançarei :

Je T'aime... Moi Non Plus

Um comentário:

ZÜRCK disse...

NO BOSQUE DE MABIRA

para Nadia


, o azul do papel de seda

( da pipa de papel )

feriu o céu laranja dilacerado

de um fim de tarde,

é a vida fazendo seus rabiscos

(criptogramas)

na parede desta rocha rejeitada,

desta caverna líquida,

que trazemos na alma

( museu inolvidável do sentimento).

Mas você

AINDA POSSUI ESSE PODER

do vôo feliz

(vôo que legitima as gaivotas)

acima dos oceanos

(sempre à esquerda deste que vem

emprestar ao dia sua volubilidade e do

qual estás vestida: o sol),

acima das árvores e das folha das árvores

(“, e do cravo, e da rosa

debaixo de uma sacada, o que foi feito?”),

ESSE PODER QUE VEM DE EROS.

Embora, ainda, o pássaro de coração tirano,

pousado na borda da esfera, espreite

(ausência total de cor em seu presságio):

“Nunca mais! Nunca Mais!”

Nós o ignoraremos

e as águas de um outro outono boêmio

virão molhar nosso pé,

(fluirá nossa fábula de amor)

e beberemos novamente do vinho tinto

(um Bourgandelle)

do encantamento

e objetos mágicos deslizarão próximos a nós

no bosque de Mabira

em Uganda

(onde floresce a árvore do sexo),

FUGINDO VIRÁS A MIM.