domingo, 30 de março de 2008

Vou retirar-me de ti
Só pra morrer um pouquinho
O meu cio não combina com o teu
Vou rolar nas pedras do cais
Qual louca gritar terra à vista
E lançar-me ao mar
Vou beber espumas
Do champanhe que não brindamos
Vou sangrar minhas entranhas
Na cova do lobo
E uivar até me ouvires
Vou entregar-me ao primeiro
Que esmolar minha atenção
E vou morrer
Morrer de amor para te humilhar
Envergonhar-te e calar-te
Apagar o teu sorriso menino
E torná-lo cretino
Para expurgar-te de mim

2 comentários:

ZÜRCK disse...

ORAÇÃO (II)

para Nadia II

Você

minha Ninevah Garofano,

minha Virgem de Granada,

mostra- me

(eu menino)

a vertigem da flor do cravo,

que tenho necessidades de pássaros.

Madona del Garofano,

aqui estou eu em pé à sua frente,

um menino e seu manto azul

de tecido leve, transparente

e tempestades

e tempestades.

Amém!


TE AMO!
CARLOS ZÜRCK

ZÜRCK disse...

SENHORA DA MINHA PAZ

para Nadia III

,essa senhora era a minha paz,

mas apenas deixou-me esta pequena

estatueta do “Iogue das ilusões”

(de Khadi e óculos)

que se tornou um estático

desespero branco, uma dor íntima.


E eu, olhos líquido de entusiasmo

ante essa possibilidade de flores e incêndios,

(com estas mãos para afundar na terra,

tolo, moldei corações em argila

que se quebram ou desaparecem

como bolhas de sabão numa fatia de manhã,

sem ao menos preparar a cama para dois,

que AO AMOR É NECESSÁRIO OS REFÚGIOS),

com esta minha voz baixa e grave

de homem te pergunto agora:

“Um dia eu aprenderei a não gostar

do que não deveria ter gostado?”





TE AMO!
CARLOS ZÜRCK